sexta-feira, 18 de março de 2011

Rafinha Bastos acerta ao provocar público em "A Arte do Insulto"

rafinhabastos
Em nova temporada em São Paulo desde o último dia 31, o humor politicamente incorreto do espetáculo "A Arte do Insulto" mantém a plateia do Teatro Shopping Frei Caneca (região central da capital paulista) entre gargalhadas um tanto surpresas.
Matheus Dias/Divulgação
Rafinha Bastos apresenta "A Arte do Insulto" todos os sábados, no shopping Frei Caneca
Rafinha Bastos apresenta "A Arte do Insulto" todos os sábados, no shopping Frei Caneca
No espetáculo, que deve virar DVD em breve, o comediante Rafinha Bastos alterna momentos leves e outros em que corre riscos (e se sai bem) ao fazer piadas sobre temas nada convencionais para um show de comédia. O resultado é que o público descobre humor até na pena de morte, no suicídio e no coma.
Bastos faz comédia stand-up em São Paulo desde 2003 e ganhou maior projeção no ano passado, com o programa "CQC", da Band --durante as férias da atração, ele prepara um livro de humor e finaliza o texto de seu próximo show solo. É também ator --pode ser visto na série "Mothern", do GNT-- e jornalista, além de ter sido jogador de basquete por 15 anos.
Fiel à raiz do stand-up --baseado na observação do dia-a-dia e no despojamento, sem cenografia, figurino ou sonoplastia--, Bastos ainda assim se beneficia da formação de ator, exibindo desenvoltura e preparação de corpo no palco. Afinal, apesar da autenticidade que é característica do gênero, alguns dos melhores comediantes stand-up são também atores --Adam Sandler, Woody Allen e Jim Carrey, entre outros.
Divulgação
O integrante do "CQC" aposta no humor politicamente incorreto em show em SP
O integrante do "CQC" aposta no humor politicamente incorreto em show em SP
Sem perder a cumplicidade do público durante os cerca de 60 minutos de "A Arte do Insulto", o humorista faz ainda algumas piadas pesadas e se aventura a brincar com um tema espinhoso: a fé. Poderia gerar mal-estar entre os espectadores, não fosse o fato de que boa parte da gozação tem como alvo o judaísmo --e Bastos é judeu. Gaúcho, ele também não poupa os conterrâneos, nem os naturais de outros Estados do país.
Bastos diz que chega a receber algumas reclamações por conta do teor das piadas. "Mas não são muitas. Eu faço questão de exibir meus preconceitos todos. Meu objetivo não é ofender", afirmou à Folha Online. "Não fazer piadas é que é preconceituoso. O importante é falar. Eu tento passar isso da maneira mais inteligente possível. É uma opinião, não uma agressão."
"Quando faço piada contra a fila preferencial, por exemplo, os velhos são os que mais riem na plateia. Eu vejo o alvo da piada rindo", afirma Bastos, mostrando por que é especialista na arte do insulto.
A comédia pode ser vista aos sábados, sempre às 23h59, até 28 de março.


Via: Guia Folha

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